Manifesto – LIMBO Magazine

Manifesto

De um distanciamento intrapessoal à total união.
A absoluta ou incompreensível necessidade de criar, de expressar, de materializar.  Um sabonete para o cérebro, a alma, a crença ou qualquer outra entidade. Um passatempo, um exercício profundo, um mero acaso, um conceito abstrato.
A quem caminha, se desvia ou questiona o limbo. Aos artistas já publicados. E aos que estão por vir. Umas boas-vindas felizes.

Limbo” tem muitos significados. Na dança, na anatomia, astronomia, botânica e no cristianismo. Informalmente, é um lugar onde se largam as coisas de que não se faz caso, um estado de indefinição ou incerteza. É um lugar de sítio nenhum, um sítio sem lugar algum, um vazio eterno e eternamente cheio.

Entre várias pretensões, a definição do que é a arte não é o que se pretende. Certo é que a LIMBO a aborda como forma de expressão, mas a intenção é um pouco diferente. A LIMBO espera levar-te a fazer a viagem inversa. Como é que a expressão é projetada, materializada, imaginada, inventada, transformada em arte? Porquê? Coçando discretamente a metafísica, qual é a fronteira entre a arte e a vida?

A LIMBO são dois planos paralelos. Um plano abstrato, onde o artista espera, incerta e indeterminadamente. E um plano físico, onde o sumo da razão e da emoção se misturam.
Se a tua intenção for aprender, este projeto editorial não é para ti. É para os que de arte se alimentam. É para os que a arte alimentam de expressão. Para quem a expressão é o combustível da criação. E, principalmente, para os que apreciam as coisas pelo que são.

A LIMBO é uma ode ao artista. E, por isso, este manifesto não pode terminar sem um agradecimento sincero e do coração aos artistas que contribuíram para as edições publicadas. Obrigado.

Bastidores
Filipa Ferreira

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